segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Segurança da informação é frágil no Brasil, diz Ipea


Pesquisadores do instituto lançaram livro mostrando que o mercado brasileiro é um dos mais vulneráveis.

 O Brasil está entre os países mais vulneráveis do mundo quando se trata de segurança da informação. A produção científica brasileira na área é baixa e, por isso, o País é considerado “seguidor”, por lançar novas tecnologias muito tempo depois dos outros países. 

Estas constatações estão no livro Tecnologias da Informação e Comunicação: Competição, Políticas e Tendências, lançado ontem (30/08) por pesquisadores e colaboradores do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Do ponto de vista das políticas públicas, o técnico do Ipea Luis Claudio Kubota, um dos organizadores da obra, disse que o País precisa ficar atento, pois o mercado de tecnologia da informação é extremamente globalizado e dominado tanto por operadoras quanto por fornecedores de equipamentos estrangeiros.

Outra questão diz respeito à convergência digital, que é uma realidade cada vez maior e une as telecomunicações e a tecnologia da informação, com dispositivos móveis, como os smartphones e os contéudos. 

“De certa forma, as agência regulatórias não estão muito adaptadas para este novo mundo. Estão muito focadas, cada uma na sua caixinha. Por isso, existe, hoje, por exemplo, a necessidade da Anatel [Agência Nacional de Telecomunicações] se articular com a Ancine [Agência Nacional de Cinema]”, disse Kubota.

Para o pesquisador, embora tenha melhorado muito no aspecto de participação em órgãos de padronização e de patentes e no volume de produções científicas, o Brasil inicia seu desenvolvimento científico em uma base muito pequena. “A participação do país em produção científica é muito pequena, se comparada com a de outros países. Além disso o mercado é seguidor, porque lança as tecnologias com muitos anos de atraso.”

Segundo Kubota, são fatores que acabam dificultando a chegada do País á fronteira do conhecimento e da competitividade. Ele e os demais autores do livro lembram que qualquer mudança neste comportamento será de longo prazo e não pode escapar da educação.
*Com informações da Agência Brasil 

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