sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Fraudes _ Bancos Atentos aos Dispositivos Móveis

Dispositivos móveis acendem sinal vermelho nos bancos brasileiros 

Os bancos esperam uma redução nas fraudes eletrônicas em 2012. Operações com cartões ou pela Internet devem gerar perdas de R$ 1,4 bilhão, segundo indicaram números da Federação Brasileira de Bancos nesta quarta-feira, 26/9, durante a 9ª conferência internacional de perícias em crimes cibernéticos – ICCyber.



Cesar Faustino, gerente de prevenção a fraudes do Itaú Unibanco – e recorrente porta voz da Febraban sobre o tema – defendeu a segurança dos sistemas online nacionais e relativizou as fraudes. “Internet banking é seguro. Se faço 17 bilhões de transações por ano e tenho relativamente poucos problemas, é porque é seguro”. Praticamente uma em cada quatro transações bancárias no país são feitas pela Internet.

É uma descrição animadora, em substituição à usual queixa de que o Brasil está atrasado na criação de leis específicas contra os crimes cibernéticos. Mas faz sentido. Nas contas da Febraban, houve perdas de R$ 1,5 bilhão com fraudes em 2011. Um quinto disso, cerca de R$ 300 milhões, se deram em transações pela Internet.

No contexto, as perdas com fraudes eletrônicas representam 0,06% dos R$ 2 trilhões de ativos de terceiros gerenciados pelos bancos. Estão em linha com números já divulgados pela Visa, que calcula em menos de US$ 0,06 o valor relativo a fraudes em cada US$ 100 faturados em todo o mundo. Era o triplo disso há duas décadas.

Paralelamente, o Brasil vai se aproximando da média mundial no uso de transações online. Segundo Faustino, por aqui, 46% dos correntistas usam os bancos na Internet – contra até 52% em locais como a Inglaterra. No ano passado, as transações bancarias em geral cresceram 12% - pela Internet, 20%.

Uma possível incerteza no campo das fraudes é no uso de dispositivos móveis, que aumenta rapidamente. Em 2011 já eram 3,3 milhões de smartphones com Mobile Banking, “número que já deve estar em 5 milhões”, diz Faustino. “Entre cinco e sete anos, deve se tornar um canal tão importante quanto a Internet. Mas nos PCs os bancos instalam aplicativos de segurança. Nos dispositivos móveis, não”. 

Fonte:Convergência Digital 

por  Luís Osvaldo Grossmann 

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