Os bancos esperam uma redução nas fraudes eletrônicas em 2012. Operações com cartões ou pela Internet devem gerar perdas de R$ 1,4 bilhão, segundo indicaram números da Federação Brasileira de Bancos nesta quarta-feira, 26/9, durante a 9ª conferência internacional de perícias em crimes cibernéticos – ICCyber.
Cesar Faustino, gerente de prevenção a fraudes do Itaú Unibanco – e recorrente porta voz da Febraban sobre o tema – defendeu a segurança dos sistemas online nacionais e relativizou as fraudes. “Internet banking é seguro. Se faço 17 bilhões de transações por ano e tenho relativamente poucos problemas, é porque é seguro”. Praticamente uma em cada quatro transações bancárias no país são feitas pela Internet.
É uma descrição animadora, em substituição à usual queixa de que o Brasil está atrasado na criação de leis específicas contra os crimes cibernéticos. Mas faz sentido. Nas contas da Febraban, houve perdas de R$ 1,5 bilhão com fraudes em 2011. Um quinto disso, cerca de R$ 300 milhões, se deram em transações pela Internet.
No contexto, as perdas com fraudes eletrônicas representam 0,06% dos R$ 2 trilhões de ativos de terceiros gerenciados pelos bancos. Estão em linha com números já divulgados pela Visa, que calcula em menos de US$ 0,06 o valor relativo a fraudes em cada US$ 100 faturados em todo o mundo. Era o triplo disso há duas décadas.
Paralelamente, o Brasil vai se aproximando da média mundial no uso de transações online. Segundo Faustino, por aqui, 46% dos correntistas usam os bancos na Internet – contra até 52% em locais como a Inglaterra. No ano passado, as transações bancarias em geral cresceram 12% - pela Internet, 20%.
Uma possível incerteza no campo das fraudes é no uso de dispositivos móveis, que aumenta rapidamente. Em 2011 já eram 3,3 milhões de smartphones com Mobile Banking, “número que já deve estar em 5 milhões”, diz Faustino. “Entre cinco e sete anos, deve se tornar um canal tão importante quanto a Internet. Mas nos PCs os bancos instalam aplicativos de segurança. Nos dispositivos móveis, não”.
Fonte:Convergência Digital
por Luís Osvaldo Grossmann