segunda-feira, 18 de junho de 2012

Saiba como escolher o antivírus correto para seu computador



 Escolher um bom antivírus parece ser difícil. Primeiro, porque não se pode escolher dois, e segundo, porque se trata de uma decisão para o futuro: eles precisam pegar os vírus que você ainda nem sabe que vão atacar. Então é muito comum procurar testes de antivírus, que vão apontar um ou outro software como o “vencedor”. O detalhe é que a maioria dos testes é ruim.
Esta coluna já afirmou em outras ocasiões que o mais importante em um antivírus é conhecê-lo – saber dos pontos fortes e fracos, em quais situações ele vai precisar de uma “ajudinha” ou quando pode não ser uma boa ideia confiar nele, porque antivírus também erram.  Os únicos laboratórios que fazem testes capazes de dar toda essa informação são o AV-Test e o AV-Comparatives.


As duas instituições divulgam seus relatórios na internet: aqui está o AV-Test e o nesta página os do AV-Comparatives. Se o teste antivírus não foi feito por um desses laboratórios, é bem provável que ele tenha algum erro de metodologia: testar antivírus é um negócio complicado que exige grande capacidade técnica para receber, analisar e organizar amostras de código malicioso.
AV-Test
Os relatórios do AV-Test são bem fáceis de interpretar. Os softwares são avaliados em três categorias: ProteçãoReparo e Usabilidade. “Proteção” é a capacidade média de um software para detectar ameaças passadas e futuras; “Reparo” diz o quão bom um software é para retirar vírus de um sistema infectado e “Usabilidade” se refere ao impacto no desempenho do sistema e alarmes falsos.
Notas dadas pelo AV-Test: 3 categorias com valores de 0 a 6. (Foto: Reprodução)
Na prática, isso significa que um antivírus com boa usabilidade tem mais chances de detectar apenas arquivos realmente maliciosos, enquanto um programa com baixa usabilidade irá detectar softwares legítimos, obrigando o usuário a buscar uma segunda opinião em alguns casos para não perder um arquivo.
“Reparo” e “Proteção” é mais fácil de entender: um antivírus com boa proteção é bom para identificar se há algo errado com o computador, mas um antivírus bom em reparo será o melhor para limpar uma máquina já infestada de malwares. Ou seja, se você pegar um antivírus com boa proteção e reparo ruim, pode, eventualmente, precisar instalar e usar temporariamente outro software com reparo melhor para limpar seu PC.
AV-ComparativesO AV-Comparatives publica diversos relatórios distintos, mas, anualmente, publica também um relatório com um resumo de tudo o que foi analisado naquele ano.  Os relatórios do AV-Comparatives medem a detecção comum dos antivírus (“on-demand”), a detecção proativa (“proactive”), a detecção dinâmica (“dynamics protection”), falsos positivos e o desempenho – como o AV-Test.
Os testes de detecção proativa envolvem o uso de um antivírus desatualizado para tentar detectar pragas novas. Com isso, a ideia é medir as chances que um software tem de detectar ameaças que ele desconhece, sem criar vírus novos para isso.
Laboratório publica testes regulares de diversos tipos com os principais softwares do mercado. (Foto: Divulgação)
Para começar, é mais fácil ver diretamente orelatório resumido anual com as principais observações sobre cada produto. Uma nota Standard (STD, “Média”) indica uma proteção OK, Advanced (ADV, “Avançado”) significa uma proteção boa e Advanced+ (ADV+, “Avançado+”) significa uma proteção muito boa. Um antivírus que não ganhou uma nota Standard e está com ela apenas cinza, sem nenhum escrito, não foi bem avaliado.
O AV-Comparatives deixa claro que ter as melhores notas não significa que um antivírus será o “melhor para todo mundo”, já que existem diferenças consideráveis, como a interface do usuário ou o preço, que não são avaliados. O “antivírus do ano” para eles foi o Kaspersky, com destaque também para Avira, Bitdefender, Eset e F-Secure.
Uma diferença de ADV para ADV+, por exemplo, provavelmente não é muito significativa para você preferir ou um software ou outro, mas pode ser definitiva se está na categoria que mais é importante para você. Por exemplo, se você tem um computador lento, ou quer economizar a bateria do notebook, um ADV+ no teste de “Desempenho” pode ser o fator principal a se considerar.
Outro exemplo: para um antivírus de uso cotidiano, um ADV+ na capacidade de Reparo provavelmente não é tão importante quanto a capacidade de detectar um problema – porque aí você pode usar outro antivírus para auxiliar o reparo, quando ele for detectado. Se você nem souber que o problema existe, não adianta poder repará-lo!
Mas você não precisa concordar com a coluna — o importante é estar ciente das características do software e escolher aquele que tem os recursos melhores nas áreas que você acha importante.
A categoria de Falsos Positivos (alarmes falsos) é avaliada separadamente. De acordo com o AV-Comparatives, o melhor antivírus nesse quesito em 2011 foi o McAfee, com zero falsos positivos – provavelmente um resultado de novas políticas que empresa introduziu após o erro gravíssimo que apagou um arquivo do Windows em 2010; em segundo lugar está a Microsoft, com apenas dois falsos positivos. No entanto, os testes de alarmes falsos realizados em 2012 já encontraram 28 alarmes falsos do McAfee. A Microsoft ainda continua se destacando pelo baixo número de erros, porém também é o antivírus com menor taxa de detecção, com 93,1%.
Já os antivírus com menor impacto no desempenho do sistema (“low system impact”) foram Eset, Symantec, K7 e Avira.
Não existe um software que “é o melhor” para todo mundo – e nem é uma boa ideia que todos utilizem o mesmo programa: diversidade é importante para dificultar o trabalho dos criadores de vírus. Mas atente para cada detalhe apresentado nos relatórios, conheça quais são os pontos fortes e fracos do software. Jamais instale dois antivírus! Você pode usar um antivírus secundário temporariamente se isso for necessário para limpar uma infecção, mas não compare antivírus ou mantenha dois softwares instalados no mesmo PC.
Fonte: G1 por Altieres Rohr

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