segunda-feira, 14 de maio de 2012

Polícia localiza crackers que furtaram fotos de Carolina Dieckman


De acordo com a investigação, atriz foi vítima de um e-mail malicioso e instalou no micro um vírus que dá acesso remoto ao sistema

A Polícia Civil localizou os suspeitos de terem furtado e divulgado as fotos da atriz Carolina Dieckmann. Reportagem do programa Fantástico mostrou que são quatro jovens (um deles menor de idade), que usaram um e-mail com vírus do tipo Trojan para acessar a máquina da atriz.


O principal suspeito de ter furtado as fotos é Leonan Santos, de 20 anos, diz a Polícia. Também fazem parte do grupo o técnico de informática Diego Cruz, de 25 anos, morador do Macatuba, interior de São Paulo, e Pedro Henrique Matias, acusado de ter publicado as fotos em um site pornográfico, além do menor.
A reportagem mostrou que os investigadores, ao chegar a casa de Cruz, descobriram que ele já havia formatado sua principal máquina. Para a Polícia, é um forte indício de que está envolvido no vazamento das 36 fotos da atriz.
Em depoimento semana passada, Carolina disse à polícia que estava sendo vítima de extorsão, com pedidos de dinheiro para que suas imagens não fossem divulgadas.
Ela suspeitava que as imagens pessoais tivessem sido copiadas quando levou seu PC para conserto. Os advogados ameaçaram processar o Google para impedir que as fotos aparecessem no buscador.
A investigação foi conduzida pela Delegacia de Repressão Contra Crimes de Internet, sob o comando do delegado Gilson Perdigão.
A Polícia descobriu que os crackers obtiveram acesso ao e-mail de Carolina. A reportagem não deixa claro como especificamente isso foi feito. No Twitter, o pesquisador Fabio Assolini, da Kaspersky, afirmou que o mais provável é que ela tenha instalado um vírus do tipo Trojan no micro. Geralmente, isso acontece ao clicar um um link enviado por e-mail. Esses vírus permitem acesso remoto à máquina – é possível copiar arquivos, por exemplo, além de instalar outros malwares.
De acordo com o policial Rodrigo Valle, "foi por uso de um software mal intencionado enviado pra conta de email dela. A gente chama de spam e a vítima fatalmente clicou nele" (na verdade, Valle está confundido spam com phishing, um e-mail mal-intencionado que traz malware como anexo ou com um link).
A Polícia diz que foram copiados 60 arquivos do micro de Carolina.
A reportagem exibiu também trechos das conversas entre os crackers, interceptadas pela Polícia. É com base nelas que a investigação chegou a Cruz.
“Eu passei pro cara na quinta à noite. Ele pôs no site dele sexta de tarde. Na mesma hora estava em todos os jornais”, escreveu o acusado.
Os suspeitos também contaram como teriam conseguido as fotos. “Foi apenas invasão de email, não de PC. Ela tinha que ter cuidado de apagar, né? Acho que ele pegou nos enviados dela”, escreveu o técnico.
Como o Brasil não tem lei específica para cibercrimes, devem ser acusados de furto, extorsão qualificada e difamação. As penas podem chegar a 15 anos.
Fonte: Idgnow

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